Com base nas seções anteriores, conseguimos traças a anatomia de uma recessão típica
- Fundo médio do mercado de ações, medido pelo S&P 500, ocorre com uma queda de 21% após 169 dias do início.
- As recessões, em média, duram cerca de 11 meses (próximo de 1 ano).
- Ao fim oficial, o S&P 500 entrega uma recuperação média de +15,5%.
Mas para entender o ciclo completo, vale a pena olhar também o que acontece antes da recessão começar. ****Considerando as últimas 11 recessões, o S&P500 tem uma queda branda de cerca de 4%, mas com grande divergência entre as recessões.
- Pré-2008: O mercado subiu +7% nos 6 meses antes da recessão, mascarando os sinais de fragilidade no setor imobiliário.
- Pré-2020: O S&P 500 caiu apenas -1% antes da pandemia, já que o choque foi súbito e imprevisível.
- Pré-1973 (crise do petróleo): Uma queda mais acentuada de -10%, refletindo tensões geopolíticas já em curso.
Essa divergência mostra que os sinais pré-recessão nem sempre são óbvios. Às vezes, o mercado ignora os alertas até o último segundo.

Dados adicionais interessantes
- Volatilidade pré-crise: O índice VIX (o "medidor de medo" do mercado) sobe em média 30% nos 3 meses antes de uma recessão, mesmo que o S&P 500 não caia tanto.
- Setores mais atingidos: Durante o "meio" da recessão, finanças e indústria perdem em média 30%, enquanto saúde e utilities caem apenas 10%.
- Recuperação global: Desde 2000, recessões nos EUA afetam o mundo. Em 2008, o índice MSCI World (global) caiu -55%, mas subiu +30% no ano seguinte ao fundo.
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