Além do sistema financeiro tradicional ter como núcleo um dinheiro que tende a perder valor com o tempo, também temos o problema das reservas fracionárias.

O sistema de reservas fracionárias é uma prática bancária onde os bancos mantêm apenas uma fração dos depósitos dos clientes como reserva e emprestam o restante. Isso permite a expansão da oferta monetária e teoricamente - facilita o crescimento econômico.

Os bancos nos EUA modernos devem manter suas reservas em seus cofres ou no Federal Reserve Bank. Até recentemente, o requisito de reserva era de 10%, no entanto, algo CHOCANTE aconteceu em março de 2020: o Federal Reserve anunciou que havia alterado o requisito de reserva para ZERO.

Origens Históricas

A prática surge na Europa durante a Idade Média, quando os ourives, que guardavam ouro para os comerciantes, perceberam que nem todos os depósitos eram retirados ao mesmo tempo. Os ourives então começaram a emitir mais recibos (papel-moeda) do que o ouro que realmente possuíam em reserva, emprestando o excesso e ganhando juros sobre esses empréstimos.

Evolução:

• Esta prática se formalizou ao longo do tempo e se tornou a base dos modernos sistemas bancários.
• Regulamentações foram introduzidas para controlar e padronizar a quantidade de reservas que os bancos precisam manter.
• Em 2012, apenas 10% da oferta de moeda dos EUA — cerca de US $ 1 trilhão do total de US $ 10 trilhões — existe na forma de papel moeda e moedas.

a. Bancos Comerciais

• A maioria dos bancos comerciais em todo o mundo opera sob um sistema de reservas fracionárias.

b. Bancos Centrais

• Os bancos centrais também utilizam reservas fracionárias como uma ferramenta de política monetária para controlar a oferta de dinheiro e influenciar a economia.

Riscos das Reservas Fracionárias

Se muitos depositantes tentarem retirar seu dinheiro ao mesmo tempo, o banco não vai ter reservas suficientes, levando a uma corrida bancária. Isso já ocorreu dezenas de vezes em diversos locais do mundo. E continuará ocorrendo.

Essa prática também faz com que os bancos fiquem excessivamente alavancados, emprestando muito mais do que possuem em reservas, o que pode levar a instabilidade financeira e crises financeiras.

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